Wanete Carvalho sobre E. C. Bahia: ‘Lamento profundamente a triste situação que o maior clube do Norte e Nordeste chegou’

Como radialista, cronista esportivo e torcedor do Esporte Clube Bahia, lamento profundamente a triste situação que o maior clube do norte e nordeste chegou. Vinha sempre conversando com amigos próximos que o problema do Bahia era a sua gestão de futebol. O que esperávamos (incluo também a opinião desses amigos) era que a gestão administrativa e financeira fosse feita de forma austera e transparente, mas, que o futebol jamais fosse prejudicando por este modelo.

Infelizmente, o nosso maior adversário no estado e referência para balizar a força tricolor, encontra-se em frangalhos vítima de gestões desastrosas, fazendo com o que restou de competência no rubro negro, Fábio Mota, faça um verdadeiro contorcionismo para manter de pé as ruínas deixadas pelo vulcão da irresponsabilidade. Viveremos só desse argumento para justificar o nosso fracasso.

Voltando ao Bahia, em minha cabeça uma pergunta não quer calar: está tudo ainda dentro do planejamento ou não? Morremos abraçados a um orçamento de 160 milhões de reais. O futebol moderno, diferente do que se vive garganteando, não tem muito coisa de diferente do passado: é fazer grana, segurar responsavelmente as despesas, contratar bem, treinar bem, ouvir bem, ter capacidade de mudança rápida quando aparecer surpresas desagradáveis e ganhar títulos. É isso, lembram? Ganhar títulos! Ganhamos o fracassado baianão no vexame, com time B, se aproveitando de clubes quase que amadores, um título do nordeste que salvou a gestão do clube da pecha de que não ganhou nada e para não né acusarem de injusto, ganhamos também o… também aquele… hum… deixa eu ver aqui… é não foi mais nada, só foi cacete! Agora claro, tudo dentro do planejamento, afinal sou um incompetente e aos longo dos meus cinquenta e quatro anos e trinta e cinco no rádio esportivo não tenho condição técnica de discutir e quiçá ser ouvido em uma singela opinião. Isso é coisa para a rapaziada.

Eu particularmente gosto do Guilherme Bellintani. É um bom camarada, acho ele um homem de sucesso profissional, tive a oportunidade de trabalhar com ele na secretaria de educação e vi o quanto é trabalhador e competente. Agora, futebol é outra coisa. Diria um amigo meu e figura muito conhecida: futebol? ESQUEÇA, GUILHERME!

O homem de sucesso se insistir nessa toada vai sair em linchamento como ocorreu com muitos ex-dirigentes tricolores. A exceção ainda é Paulo Virgílio Maracajá Pereira, o ganhador de títulos! O mestre da cartolagem nordestina, o bi-campeão brasileiro e destruidor de títulos regionais.

Essa galerinha nova não sabe, mas, eu vi e vivi isso de perto. Tempo bom e inesquecível! Espero que aprendam, e vez de esconder e machucar o coração do Presidente herói do passado, o excluindo ele de toda e qualquer homenagem, filmes e o escambau a quatro, tenham a humildade de reconhecer que o velho sabe mais que todos eles juntos e pelo bem do Bahia, precisa também ser ouvido e honrado.

Agora que a vaca foi pro brejo espero que mandem encontrá-la um vaqueiro que realmente entenda de gado, brejo, mata, laço, cavalo e não fique achando que com paciência e planejamento técnico, ela sairá de lá sozinha.
Que a arrogância seja vencida pela humildade, que a inexperiência busque socorro na experiência.

Em relação ao rebaixamento, existe um questionamento e uma resposta que só o nosso maravilhoso hino pode explicar: mais um Bahia? Mais um Bahia! É assim que resumiram a nossa história.

Por, Wanete Carvalho.

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