Um grupo cada vez mais majoritário dentro do PSDB defende que tucanos deixem o governo Michel Temer logo depois da votação da reforma trabalhista na semana que vem.
A tendência ganha força e voz no partido, inclusive, por meio do próprio presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), que, nesta quinta-feira (06), disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem condições de dar estabilidade à travessia. O consenso é de que o governo está cambaleante, muito suscetível ao imponderável. “São muitos fatos novos. É tudo o que tem acontecido, é acumulativo”, lembrou um tucano.
A tese também começa a ganhar força entre os governadores, que foram determinantes para a decisão dos tucanos de continuar, pelo menos, até o momento, no governo.
“Não podemos entrar na cova junto com Temer. Eu não estou tão adepto ao apoio como semanas atrás”, afirmou um dos seis governadores do partido.
A atitude de Tasso Jereissati ao endurecer o discurso contra o governo não é só uma mensagem para Temer, mas também para o presidente licenciado do partido, senador Aécio Neves (MG).