Em 2018, os eleitores vão se deparar com nomes como “Podemos”, “Avante” e “Livres”. No entanto, essas legendas com cara de “novo” já acumulam décadas de atividades.
Um dos partidos mais antigos do país, o PTN (Partido Trabalhista Nacional) foi autorizado em maio pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a mudar de nome. Oficialmente, chama-se Podemos.
Uma das ideias para a mudança do nome do PTN remonta ao slogan da campanha presidencial de Barack Obama nos Estados Unidos em 2008, o “yes, we can”, que em português significa “sim, nós podemos”. O partido, no entanto, tem se espelhado no desempenho do presidente eleito da França em 2017, Emmanuel Macron. Tanto é que os membros não querem que o Podemos seja chamado de partido e, sim, de “movimento”.
O antigo PTN já teve 1 presidente da República: Jânio Quadros, em 1960. A sigla, contudo, vinha escrevendo uma história tímida nos últimos anos. Em 2014, por exemplo, elegeu apenas 4 deputados federais. Meses depois, ficou com apenas 2.
Com a ideia de mudança de nome, outros deputados apoiaram a presidente do partido, a deputada Renata Abreu (SP), e passaram a compor a nova sigla. O Podemos foi lançado oficialmente neste sábado (01 de jul 2017), contando com 14 deputados federais e 2 senadores.
O Podemos deve lançar candidatura à Presidência da República em 2018, com o nome do senador Álvaro Dias (PR). Ao longo dos 72 anos de história do PTN, o partido disputou apenas as eleições presidenciais de 1960 e 1998.
Outros casos é o do PT do B (Partido Trabalhista do Brasil). O partido quer se chamar Avante. E o PSDC que passará a ser DC Democracia Cristâ.
Não são apenas os pequenos partidos que pensam em mudar de nome. Em novembro do ano passado, o presidente do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), o senador Romero Jucá (RR), apresentou uma proposta para o partido voltar a se chamar apenas MDB, como nos tempos de oposição.