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MPF PEDE À JUSTIÇA QUE GEDDEL SEJA CONDENADO A 7 ANOS DE PRISÃO POR OBSTRUÇÃO DE JUSTIÇA

 

Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) enviou à Justiça as alegações finais em uma ação na qual o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) é réu por obstrução de Justiça.

No documento, os procuradores pedem que Geddel seja condenado a sete anos de prisão por ter tentado impedir a celebração de um acordo de delação premiada do operador financeiro Lúcio Bolonha Funaro.

Funaro é apontado como parceiro do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em vários esquemas de propina, inclusive na Caixa Econômica – o ex-ministro foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da instituição financeira entre 2011 e 2013, no governo Dilma Rousseff.

Ao solicitar a condenação de Geddel, os procuradores argumentam que ele tentou atrapalhar investigações das operações Sépsis e Cui Bono.

Os procuradores apontam que, em um mês e meio, entre maio e julho deste ano, Geddel fez 17 ligações para a mulher de Funaro, Raquel Pita, a fim de sondar se ele faria um acordo de delação premiada.

Para o Ministério Público, os contatos de Geddel com Pita tinham como objetivo intimidar o casal, em razão do poder político de Geddel. Ainda segundo o MPF, antes da prisão de Funaro, o ex-ministro jamais havia tido contato com Raquel Pita.

“Dessa forma, era incutida em Lúcio Funaro a apreensão e o temor por represálias, para que não colaborasse espontaneamente com as investigações, causando, portanto, embaraço a investigação de crimes praticados por organização criminosa no âmbito da CEF (Operações Sépsis e Cui Bono)”, afirmaram os procuradores nas alegações finais.

Ao solicitar a condenação e a pena de sete anos de reclusão, o MPF afirma ter levado em consideração a posição de Geddel à época dos fatos narrados – o peemedebista era ministro do governo Michel Temer.

“Sua conduta foi extremamente reprovável em comparação com qualquer outro agente em crimes que tem relação com o poder público. O acusado, como ministro de Estado, praticou crime em nome da cúpula política que atuava no próprio governo federal, traindo a confiança do povo brasileiro e ofendendo, por consequência, os titulares do poder soberano que devem ser respeitados no sistema democrático do país”, explicaram os procuradores.

Geddel Vieira Lima se torna réu por obstrução de Justiça.

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