Numa carta escrita à mão, Cunha afirmou que Joesley tinha constantes encontros com Lula e chegou a participar de uma reunião entre ele e o ex-presidente que discutiu o processo de impeachment de Dilma Rousseff, em março de 2016. Na entrevista, o empresário disse que se reuniu com o petista apenas duas vezes em 2006 e 2013, na qual mantiveram apenas conversas “republicanas”.
“Ele [Joesley] fala que só encontrou o ex-presidente Lula por duas vezes, em 2006 e 2013. Mentira! Ele apenas se esqueceu que promoveu um encontro que durou horas, no dia 26 de março de 2016, Sábado de Aleluia, na sua residência […] entre eu, ele e Lula, a pedido de Lula, a fim de discutir o processo de impeachment, ocorrido em 17 de abril, onde pude constatar a relação entre eles e os constantes encontros que eles mantinham”, escreveu Cunha.
O ex-deputado disse que o encontro pode ser comprovado pelos seguranças que o acompanharam. Cunha também classificou Joesley como “perigoso marginal” que mente “para obter benefícios para os seus crimes” e disse lamentar ter exposto sua família ao convívio do empresário.