Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Ciro Gomes admite conversas com ACM Neto para aliança

O ex-ministro e potencial presidenciável Ciro Gomes (PDT) desembarcou em Salvador ontem e concedeu uma entrevista coletiva para a imprensa baiana ao lado do presidente do PDT na Bahia, Félix Mendonça Jr. Ele falou sobre como andam as conversas com o presidente do DEM, ACM Neto. Há meses especula-se uma eventual aliança entre os dois partidos – tanto na esfera nacional, como também na Bahia.

“Não há nada conclusivo, nada fechado, de ninguém com ninguém. O STF, ao devolver as franquias eleitorais para o Lula, antecipou em quase dois anos o processo eleitoral brasileiro – com um calor artificial”, declarou. “Temos que responder essa pergunta respeitando a ideia de que o DEM está examinando a ideia de ter um candidato, que é o ex-ministro Henrique Mandetta. Temos sim conversado bastante. Conversado sobre o Brasil, a pandemia e o futuro do país. Quem conduz essas conversas é o presidente Carlos Lupi. Ele tem a procuração para fazer os entendimentos”, completou.

O pedetista reforçou o desejo de fazer uma ampla frente contra o projeto do presidente Jair Bolsonaro. “Nosso sonho é montar uma ampla aliança de centro-esquerda que sustente as bases de um novo projeto nacional de desenvolvimento”, ressaltou. Segundo ele, essa aliança engloba PSB, PDT, PV e a Rede. “Esse grupo pretende conversar com outras forças mais ao centro e centro direita. O DEM e o PSD fazem parte desse processo estratégico”, finalizou.

Ciro também comentou a declaração de Jaques Wagner em entrevista ao jornal Valor Econômico, onde o senador petista declarou que os partidos de centro da base do PT na Bahia, PSD e PP, já estão amarrados em 2022 e que só o PDT estaria “tensionando” a aliança. “O PDT não tensiona ninguém. Disputei a eleição brasileira pela quarta. Dessa vez acho que as coisas estão amadurecendo. Meu próprio temperamento. O que estamos fazendo é construir para o povo um caminho”, alfinetou.

Para o cearense, “a turma do PT ficou com um ‘cacoete’ por ter o cachimbo na boca” e que o partido não precisa pedir permissão. “Perdão, Jaques Wagner, deixa só eu ter o direito de falar para o nosso povo decidir”, ironizou. “Na Bahia, temos confiança no Félix Mendonça […] Não há incoerência nenhuma em qualquer companheiro que esteja ajudando o governador Rui Costa a trabalhar, porque estávamos ombreados na luta para elegê-lo. Temos clareza disso. O PDT ajudou Jaques Wagner nos dois mandatos dele e ajudou Rui Costa. E não estamos arrependidos disso. Mas temos que olhar para o futuro. E para o futuro, o PT, me parece, quer fazer parte do problema e não da solução”.

O ex-ministro também teceu uma série de ataques ao chefe do Palácio do Planalto. “Estamos vivendo o pior momento da história brasileira”, disse. Ele destacou a queda no número dos postos de trabalho e crescimento do trabalho informal, além do que chama de “destruição da indústria”. “Você tem 14 milhões de desempregados. Essa é a pior estatística que você poderia ter”.

Ciro também revelou ser cético em relação à CPI da Covid, que tem tomado conta da pauta política nacional. Ele disse que não acredita muito em punições. “Duvido muito que isso aconteça. Gostaria muito de morder a língua, porque o Brasil precisa muito que algumas culpas desse genocida sejam punidas”. Ainda na coletiva, Ciro elogiou a cobertura da imprensa, sobretudo agora com a CPI. “A nossa imprensa tem prestado um extraordinário serviço de identificar as coisas”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress
Cookies: guardamos estatísticas de visitas para melhorar sua experiência de navegação. Saiba mais em nossa política de privacidade clicando aqui.