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CANDIDATURA DE CORONEL PROVOCA GUERRA ENTRE PARTIDOS

 

A decisão do governador Rui Costa (PT) de excluir a senadora Lídice da Mata (PSB) da chapa para colocar o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Ângelo Coronel (PSD), como candidato ao Senado, ainda provoca mal-estar na base governista. Uma declaração polêmica do deputado estadual Marcelo Nilo (PSB) jogou ainda mais lenha na fogueira. O socialista disse que preferia votar no postulante da oposição à Câmara Alta do Congresso Nacional, Jutahy Magalhães Júnior (PSDB), a Coronel. “Tenho minhas mágoas [com Jutahy] que não passarão, porque quando são mágoas do fundo do coração, não passam. [Mas] entre Ângelo Coronel e Jutahy, politicamente, eu prefiro votar em Jutahy, mas a decisão [sobre quem apoiar] será tomada quando o partido se reunir para ver aquele candidato que melhor nos convém politicamente”, afirmou, em entrevista à rádio Itapoan. Nilo se diz magoado com tucano pelo fato de o partido de Jutahy ter apoiado Coronel na disputa pela AL-BA em 2017, o que levou a derrota do deputado socialista.

Diferentemente de Lídice, Nilo admitiu que o PSB ficou “magoado e ressentido” com a exclusão da senadora da composição governista. Afirmou, ainda, que só o futuro vai dizer se o governador Rui Costa (PT) acertou na decisão. Ontem, Coronel preferiu minimizar a fala do correligionário. “Não acredito. Tenho muita deferência e gosto muito dele [de Nilo] e não há motivo para ele marchar com um candidato de fora do grupo”, afirmou. O certo é que se abriu uma guerra entre o PSB de Lídice da Mata e o PSD do senador Otto Alencar. Nesta semana, a sigla socialista divulgou nota em apoio às candidaturas de Rui Costa ao governo da Bahia e Jaques Wagner ao Senado, ambos do PT, mas não mencionou o chefe da Alba. Otto Alencar disse que viu a postura do PSB como um “revide” pelo fato de Lídice ficar de fora na majoritária.

“Vejo com naturalidade. Faz parte da política. Lamento, claro. É uma coisa quase que troco ou revide. Lamento, agora, não vamos fazer a mesma coisa. Qualquer vereador, prefeito ou vice-prefeito que queria votar nela para deputada não terá problema nenhum. Não vou criar problema. Um erro não se conserta com outro. Aceito a decisão do partido. Não vai ficar nenhuma magoa. Nenhum ressentimento”, pontuou. Lídice não tem descartado a hipótese de apoiar Coronel, mas tem pedido tempo para analisar. “O partido precisa debater. É natural que o partido tenha ainda dificuldade de digerir essa perda. E é preciso unificar mais o partido”, pontuou.

Presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação atenuou também a declaração do deputado estadual Marcelo Nilo (PSB) de que prefere apoiar o candidato da oposição Jutahy Magalhães Júnior (PSDB) ao Senado do que o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Angelo Coronel (PSD).

“[Marcelo Nilo] tem muito mais identidade com o nosso grupo. Espero que a gente consiga tirar as rusgas e que possam cicatrizar as feridas. O nosso projeto é um projeto de continuidade. Não precisamos de senadores que estejam afinados com a reforma da Previdência e entregadores da Petrobras e da Eletrobrás. Nilo e Jutahy defendem projetos antagonistas”, afirmou o petista, em entrevista à Tribuna.

Nilo tem dito que “não tem condições políticas” de apoiar um candidato do PSD. Isto porque, segundo o deputado, ele foi vetado da chapa de Jaques Wagner em 2010 após pedido do presidente da sigla, Otto Alencar. Além disso, diz ele, que foi preterido da composição governista em 2014 também por causa do senador. Nilo imputou ainda a derrota pela presidência da Alba em 2017 também ao congressista.

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