Quarenta casais já confirmaram presença na festa, no Litoral Norte.
Mas, calma. Não é porque o forrobodó vai comer no centro que o evento é “all inclusive”. Ninguém deve se acasalar na frente dos outros. Se a coisa esquentar no salão, os mais exaltados podem ser convidados a deixar o local. O Forró Nu tem regras. Além de proibir crianças e permitir apenas casais, tem como base o código de ética do naturismo, espalhado pela praia de Massarandupió e também nos estabelecimentos da localidade.
David esclarece que, apesar de ser para casais, o evento é direcionado também para o público do naturismo. Os frequentadores devem ‘prezar pelo respeito e bom senso’. “O Forró Nu é um evento que segue o código de ética, que não permite o sexo em público. As pessoas me perguntam se é um evento liberal. Liberal é relativo. Certamente vamos receber casais liberais também. O que posso dizer é que o respeito estará acima de tudo”, garante David.
Mas a polêmica é muito maior. A realização do Forró Nu trouxe novamente à tona uma discussão antiga que, recentemente, virou motivo de batalha na localidade. De um lado os naturistas tradicionais que são contra a realização desse tipo de festa e acusam as pousadas de promoverem eventos de suingue que incentivariam a prática do sexo. Do outro lado, os estabelecimentos admitem que seu público se mistura entre naturistas e praticantes do suingue, mas dizem que são expressamente contra o sexo em público.
O fato é que a Associação Massarandupiana de Naturismo (Amanat), que administra a praia, não apoia a festa. Tanto que entrou com uma representação no Ministério Público para impedi-la. A ação foi o ponto de partida para a formulação de um projeto de lei que estabelece regras de convivência na praia de naturismo.