Após a morte do policial militar que surtou e atirou contra outros policiais na região do Farol da Barra, em Salvador, uma onda de fake news começou a circular nas redes sociais bolsonaristas. A deputada Bia Kicis (PSL-DF), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), foi uma das mais criticadas ao afirmar num post, que posteriormente apagou que o soldado Wesley Góes, de 38 anos, foi morto por se recusar a “prender trabalhadores”. Após recuar, ela declarou que aguarda investigações para se pronunciar sobre o caso, “inclusive diante do reconhecimento da fundamental hierarquia militar”. Além dela, o deputado estadual baiano Marco Prisco (PSC) também fracassou na tentativa de organizar uma nova paralisação da PM no Estado.
O líder do Governo Rui Costa na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Rosemberg Pinto (PT), considerou que o caso “foi um desastre para todos nós, para o governador Rui Costa”. O líder governista condenou a politização do episódio. “É um oportunismo quando as pessoas saem criminalizando, seja a Polícia Militar, seja o profissional ou seja o governador. Temos que estar juntos na defesa da sociedade”, defendeu.
Para Rosemberg, “deve-se evitar buscar situações”. “Não podemos neste momento politizar o episódio, mas fazer uma reflexão dos profissionais da Polícia Militar, que são cobrados a cada instante para cuidar da gente e às vezes passam por situações como passou aquele profissional, psicologicamente, extremamente abalado, e a Polícia Militar tem um procedimento sobre situações como essa”, disse o parlamentar.
O secretário de Segurança Pública do Estado da Bahia, Ricardo Mandarino, condenou as informações falsas. “Isso tudo que estão falando, todas essas versões, são fake news. São versões mal intencionadas […] Estão inventando um outro lado, uma história falsa, mentirosa, sem vergonha, que só pode sair da cabeça de gente mau-caráter. É tudo mau-caratismo, é tudo invenção. É muito fácil fazer fake. Você distorce o fato todinho, aí você cria uma narrativa”, disse Mandarino.
O deputado Robinson Almeida (PT) criticou a forma como alguns parlamantares da oposição estão tratando os eventos envolvendo a morte do soldado. “De forma covarde e desrespeitosa, o gabinete do ódio tenta politizar a trágica morte do policial militar em Salvador. A categoria esperava de seus supostos representantes na Assembleia atos em solidariedade e apoio, mas o que se viu até aqui foram ações coordenadas nas redes sociais e discurso de ódio contra o Governo do Estado. Usam a morte para se promover e fazer politicagem”. criticou Almeida.