O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca para a França entre os dias 4 e 9 de junho para uma visita de Estado — a primeira de um chefe de governo brasileiro ao país europeu desde 2012, quando a então presidente Dilma Rousseff esteve no cargo. Um dos destaques da agenda será o anúncio de uma nova declaração climática conjunta entre Brasil e França, em reunião com o presidente francês, Emmanuel Macron.
“Há expectativa de adoção de uma nova declaração dos dois líderes sobre a mudança do clima considerando o engajamento dentro dos países nesse tema e a necessidade de maior mobilização internacional para a COP30, sediada pelo Brasil. Também esperamos acordar a criação de um corredor marítimo descarbonizado com a França”, afirmou o embaixador Flávio Goldman, diretor do Departamento de Europa do Itamaraty, em entrevista à imprensa.
Conforme informações da Agência Brasil, além do compromisso ambiental, estão previstos 20 atos bilaterais a serem assinados, envolvendo áreas como vacinas, segurança pública, educação, ciência e tecnologia. Um anúncio de novos investimentos entre os países também deve ser feito. Em 2024, a corrente de comércio entre Brasil e França chegou a US$ 9,1 bilhões — um crescimento de 8% em relação a 2023. Atualmente, a França ocupa o terceiro lugar entre os países que mais investem no Brasil, com um estoque superior a US$ 66,3 bilhões.
“A visita acontece num momento muito positivo do relacionamento bilateral, com aproximação em diversas áreas. Durante sua passagem pela França, Lula terá vários encontros com Emmanuel Macron, nos quais discutirá aspectos relevantes do relacionamento bilateral e temas da agenda internacional de importância dos dois países, como a necessidade de reforma da governança global, a defesa do multilateralismo, o combate ao extremismo e a preparação para a COP30”, destacou Goldman