Combate à violência contra a mulher será tema de trabalho educativo no transporte coletivo de Vitória da Conquista

Como parte da programação do Março Mulher, a Prefeitura de Vitória da Conquista vai realizar um trabalho educativo no transporte coletivo sobre o combate à violência contra a mulher. A proposta é capacitar motoristas e cobradores, para que não reproduzam e não se omitam diante de casos envolvendo assédio sexual e agressões físicas ou morais. Como parte da ação serão afixados cartazes dentro dos veículos divulgando os serviços do Centro de Referência Albertina Vasconcelos (Crav).

Para definir como se dará a ação, a coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres da Semdes, Dayana Andrade, e a gerente do Crav, Monique Cajaíba, se reuniram nesta segunda-feira (27), na sede da Atuv, com a Coordenação de Transporte Público da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), representada pelo servidor Erick Ribeiro, e com os representantes da empresas locadoras do serviço ao Município, Geovanino Jorge Nogueira (Atlântico) e Eduardo Brito Andrade (Rosa).

Na reunião ficou definido que, no início de abril, todos os motoristas e cobradores que trabalham no transporte público urbano de Vitória da Conquista receberão capacitação sobre o que é violência contra mulher, a importância do enfrentamento a esse tipo de crime e sobre o serviço especializado do Crav, para atender mulheres em situação de violência de gênero.

“A ideia também é utilizar os ônibus como meios de comunicação, porque o transporte público vai em territórios que às vezes o nosso serviço não consegue chegar. Então aquela mulher que mora em bairro distante e utiliza transporte público, vai ver no cartaz que o serviço existe, ela vai ter conhecimento e vai poder buscar ajuda”, explicou a coordenadora Dayana Andrade.

De acordo com o representante da Coordenação de Transporte Público, cerca de 90 mil pessoas usam os ônibus coletivos todos os dias, por isso a ação será de grande visibilidade. “Vamos fazer o treinamento com motoristas e cobradores, de ambos os sexos, para poder entender como funciona toda essa questão, de como se pode denunciar e como evitar o assédio, tanto moral quanto sexual, no meio do transporte público”, destacou.

Geovanino Jorge Nogueira, gerente operacional da empresa Atlântico, avaliou positivamente a parceria. “Isso é bom pra poder informar, contribuir, como auxílio a eles. Então pra gente é de grande valia”, disse. Para o gerente operacional da Rosa, Eduardo Brito Andrade, o transporte coletivo é um ambiente muito machista, por isso é importante estar sempre levando uma palavra para dentro da empresa, para conscientizar mais as pessoas.

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