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“Bolsonaro não faz milagre sequer de governar bem o Brasil”

 

O senador Otto Alencar (PSD) voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por ser indiferente às mortes por coronavírus, e rebateu o senador Jorginho Mello (PL-SC). Jorginho afirmou que o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), fez uma “baianada” ao “comprar equipamento de onde não tem para entregar”, ao se referir ao fato de a Bahia tentar adquirir respiradores da China e ter a compra cancelada. Os aparelhos são utilizados em casos graves de infectados pela doença.

Para Otto, a fala do colega foi “inadequada”. “Se o seu governador tivesse feito a baianada, tinha feito a coisa certa. A Bahia está trabalhando corretamente. Temos aqui 70% dos leitos vagos de UTI, com dois hospitais de campanha prontos e atendendo pacientes sob a liderança do governador (Rui Costa) (…). O seu governador (Carlos Moisés), certamente, fez uma cabanada, que vem de cabana, orelhudo, asno. Se dirija ao seu governador desta forma e respeite os baianos”, disse o senador baiano.

Otto voltou a criticar a declaração de Bolsonaro sobre as mortes. Após o Brasil bater um recorde, o presidente afirmou: “E daí. Lamento. Quer que eu faça o quê? Sou Messias, mas não faço milagre”. Para o senador, foi um “deboche com quem perdeu os entes queridos”. “Eu tenho certeza absoluta que ele não tem capacidade de fazer o milagre sequer de governar bem o Brasil”, declarou. O baiano ainda cobrou do ministro da Saúde, Nelson Teich, a habilitação para os hospitais de campanha Espanhol e a Fonte Nova para dar assistência aos pacientes com a covid-19.

Otto afirmou que Teich “não tem culpa” pelo crescimento de casos e óbitos provocados pelo coronavírus, mas pediu que o auxiliar de Bolsonaro “procure conhecer o Brasil de perto e determine o isolamento social”. O senador Jaques Wagner (PT) também criticou a postura de Bolsonaro. “O presidente está fazendo apostas perigosas, brincando com a vida de pessoas. Eu creio que, infelizmente, acontecendo o que estão prevendo os médicos e sanitaristas de aumento da curva de mortes, a fanfarronice do presidente se esvazia. Não existe a dicotomia entre vida e economia, até porque a economia só existe por conta do ser humano”, afirmou.

Para o petista, Bolsonaro tem pensando nas eleições. “O presidente só está preocupado com 2022. Não está preocupado com a pandemia, nem com a vida dos brasileiros. No meio dessa crise do coronavírus, ele troca ministros e só fala impropérios. Acho deplorável isso. Olho para as declarações do presidente com muita tristeza. Perdemos a eleição e, como democrata que sou, aceito a decisão. Ele não tem a nobreza que o cargo exige”, postou Wagner nas suas redes sociais.

O senador petista ainda condenou a postura de Teich e elogiou as ações do governo da Bahia. “O ministro da Saúde disse que a gente está num nevoeiro, e eu concordo. Mas se tem nevoeiro e eu estou dirigindo, o que faço? Reduzo a velocidade ou paro o carro. Eles querem acelerar”, declarou. “Me solidarizo com as famílias de todas as vítimas. Na Bahia, chegamos a 100 mortos. Porém, o desempenho do nosso estado tem sido bom, pois tanto o governador quanto os prefeitos adotaram medidas adequadas para enfrentamento do coronavírus”, emendou.

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