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Vereadores do PV criticam articulação do presidente estadual

 

O PV na Bahia enfrenta uma grave crise interna desde que o presidente estadual Ivanilson Gomes sinalizou que os vereadores com mandato em Salvador não teriam espaço no partido para tentar a reeleição no pleito de 2020. A justificativa oficial é que a sigla vai priorizar nomes que tenham ligação com a causa defendida pela agremiação. Com isso, Henrique Carballal, Paulo Magalhães Júnior e Sabá terão que procurar novas agremiações.

Nos bastidores, a informação que corre é que o movimento é feito para priorizar a candidatura do titular da Secretaria Municipal de Sustentabilidade, André Fraga – que é mais alinhado ao projeto de Ivanilson. Em 2020, com a nova lei eleitoral, cada partido precisará fazer pelo menos 30 mil votos para eleger cada edil na Câmara Municipal. Com os vereadores com mandato saindo de cena, o partido ficará mais “atrativo” para novos filiados, que poderão ajudar na somatória de votos para eleger Fraga. Ivanilson Gomes e André Fraga não foi encontrados para comentar o caso.

Procurados para comentar o caso, os vereadores criticaram a postura de Ivanilson. “Sou bastante democrático. Aprendi na vida que, quando você respeita o outro a probabilidade é ser bem sucedido. Com brigas, você não chega a canto algum. Nós estamos no século do entendimento. Respeito muito o presidente do Partido Verde, Ivanilson Gomes. É uma pessoa que tenho carinho muito grande. Se esse for o verdadeiro sentimento, vou ter que respeitar. Não adiant eu continuar compondo o diretório do partido. Eu preciso aprender a respeitar muito o posicionamento das pessoas. Agora, faltou um pouco de coerência da parte dele quando expôs isso na mídia e nas redes sociais, sem manter contato comigo, que seria uma coisa mais correta. Vou fazer o quê? Se ele não me quer, vou procurar quem me queira. Faz parte. Política é assim. Política é diálogo, é entendimento e eu não sei fazer nada diferente disso”, declarou Sabá.

Henrique Carballal também faz coro de indignação. “Essa é uma declaração já requentada. Na última convenção do partido, o presidente Ivanilson teria feito essa afirmação, que o partido iria marchar nas próximas eleições sem vereadores com mandato. Na época, tomei como surpresa e cobrei e ele desmentiu publicamente e me elogiou. Ponto. Agora, voltei a ver pela imprensa com esse tipo de afirmação. Para o meu espanto e indignação, um dos motivos alegados para a dispensa dos vereadores seria que nós não cumprimos as determinações partidárias, que não apoiei os candidatos do partido na última eleição… Isso não é verdade”, rebate. “Uma coisa é o PV não me querer. Ok. Mas tem que deixar claro o motivo. Esses argumentos são mentirosos. Falo por mim. Desafio alguém a encontrar uma resolução partidária que eu não cumpri. Uma. Não quero mais de uma. Basta uma”, revolta-se.

Já Paulo Magalhães Júnior é mais moderado. O edil, inclusive, já foi ventilado como possível novo filiado do DEM em 2020. “Não recebi [a notificação para sair do partido] ainda. Só soube pela imprensa. Acredito que isso não seja verdade. Estou bem no partido, gosto do partido. Me identifico tanto com as bandeiras do partido”, declarou o edil, que afirma não ter procurado Ivanilson para conversar sobre o assunto. “Quem vai decidir isso é o prefeito ACM Neto. Se ele quiser que eu fique no PV, vou ficar. Se ele quiser que eu vá para outro, seguirei para outro. Meu partido é o PDN, Partido De Neto”, brinca.

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