Uma reviravolta política marcou a manhã desta segunda-feira (14) em Vitória da Conquista. O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) decidiu anular todos os votos do partido Avante nas eleições municipais de 2024, após reconhecer fraude à cota de gênero — regra que garante a participação mínima de mulheres nas chapas proporcionais.
A decisão foi baseada em indícios de candidatura fictícia dentro do partido. O caso mais evidente envolveu a candidata Gilvaneide, que teve apenas um voto (nem mesmo o próprio), não fez campanha nas ruas ou nas redes sociais, e ainda é prima de outro candidato da mesma legenda.
Para reforçar a irregularidade, a própria comissão provisória do Avante emitiu uma nota afirmando que desconhecia qualquer atividade de campanha da suposta candidata.
Com isso, o vereador Natan da Carroceria, eleito pelo Avante, perdeu o mandato.
Quem assume a vaga na Câmara Municipal é a delegada Gabriela Garrido, que concorreu pela Federação Fé Brasil (PT, PV e PCdoB) e é filiada ao Partido Verde.
A ação que levou à cassação foi protocolada em outubro de 2024 e teve como advogado o Dr. Victtor Matos, responsável por apresentar a sustentação oral no TRE-BA em defesa de Gabriela.
Conhecida por sua atuação firme em defesa da justiça, segurança pública e dos direitos das mulheres, Gabriela Garrido já vinha se destacando na política local. Com o apoio do deputado federal Jorge Solla, ela agora passa a integrar a Câmara como uma importante representante das causas sociais e de uma política mais inclusiva.
Sua chegada ao Legislativo é vista por muitos como um avanço para a representatividade feminina e para o fortalecimento de pautas progressistas no município. A expectativa é de um mandato combativo, comprometido com as demandas da população conquistense — especialmente das mulheres, que ainda enfrentam desafios para ocupar espaços de poder.