O Movimento Batistas por Princípios, um grupo de religiosos, emitiu nota para desconvocar os fiéis para as manifestações do feriado de 7 de Setembro, Dia da Independência. Eles lamentaram o posicionamento de líderes.
Na nota, o grupo demonstrou preocupação com as ameaças de fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), quando as convocações são feitas “em nome da defesa da liberdade”. O movimento também afirmou que o presidente deve satisfações das últimas acusações divulgadas na mídia.
Por fim, eles pedem para que fiéis, especialmente batistas “que sempre defenderam princípios de verdadeira democracia e separação entre Igreja e Estado” a não comparecerem nas manifestações de 7 de Setembro. O movimento afirma que outras atividades podem ser mais “recompensadoras”.
Mobilização O núcleo de apoio ao presidente Jair Bolsonaro conseguiu fazer barulho nas redes ao sustentar que a manifestação governista do feriado de 7 de setembro será “gigante”, mas o real impacto da convocação nas ruas ainda é incerto. Dados de monitoramento indicam que o assunto está mais presente na internet do que em outros atos governistas, mas também denunciam uma ação concentrada em determinados perfis e baixo engajamento fora do campo bolsonarista mais fiel.
De acordo com um levantamento da consultoria Bites, foram registradas 2,43 milhões de menções ao ato do Dia da Independência no Twitter entre os dias 18 e 31 de agosto. Na manifestação anterior, em que bolsonaristas pediram a adoção de um registro de voto impresso, o número de postagens nas redes era de 2,04 milhões com a mesma antecedência.
Essa presença no Twitter, por outro lado, tende a ser impulsionada por uma minoria de contas mais ativas. Uma reportagem do Núcleo Jornalismo, com base em 590 mil posts na rede social entre os dias 24 e 31 de agosto, apontou que apenas 12% dos perfis responderam por mais de dois terços dos tuítes sobre o 7 de setembro. O dado atesta que o debate está mais limitado a um grupo específico.