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Ocupação hoteleira em Salvador teve média de 16% em 45 dias

 

O novo coronavírus afetou diversos segmentos da economia. E talvez um dos que mais tenha sido prejudicado seja o do turismo e as ramificações dele, a exemplo da hotelaria. Com o cancelamento de vôos, fechamento da rodoviária e a não permissão da entrada de turistas na cidade, através do Porto, os impactos pegaram em cheio um setor que, há pouco mais de dois meses, em Salvador, celebrava uma taxa de ocupação de 100% nos leitos, durante o período do Carnaval.

Mas, bastaram os primeiros registros serem confirmados na capital baiana, ainda em março, para a realidade mudar. “As perspectivas eram promissoras, com muitos feriados indicando melhora no turismo de lazer e com o novo Centro de Convenções atraindo o tão esperado segmento de negócios”, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH-BA), Luciano Lopes.

Porém, a partir do dia 15 de março, com o início da pandemia, observou-se uma inflexão na curva. Houve uma queda abrupta da taxa de ocupação, em razão da multiplicação dos cancelamentos das hospedagens. Entre os dias 17 e 28, cerca de 80% da rede hoteleira da cidade encerrou suas atividades. Dentre os que permaneceram abertos, a média de ocupação na segunda quinzena daquele mês foi de 21,56%.

Ainda assim, a maioria dos estabelecimentos operou com contratos fixos para hospedagem de trabalhadores de empresas de serviços essenciais como companhias aéreas, serviços de saúde, limpeza, entre outros. Já no mês de abril, os resultados, para os hotéis que ainda permanecem abertos, revelaram um cenário todavia mais duro, com taxa média de ocupação de 11,23% e uma diária média de R$ 213,76. Ou seja, em um período de 45 dias, a média de ocupação foi de pouco mais de 16%. Um dos piores índices da história.

A atual crise representa um dos maiores desafios do setor e demandará criatividade para enfrentar a nova normalidade pós-pandemia. “A ABIH-BA vêm coordenando medidas imediatas como a negociação com fornecedores, o diálogo com o setor público visando à isenção e postergação de taxas e tributos, e a concepção de novos procedimentos para treinar equipes para a reabertura. Ao fim do isolamento social e das restrições de mobilidade, com duração ainda incerta, será necessária uma intensa campanha para a volta do turismo à capital, em condições excepcionais de segurança, acessibilidade e sustentabilidade”, disse o presidente da ABIH-BA.

Conforme o secretário de turismo de Salvador, Pablo Barrozo, apesar de ver o atual momento com preocupação, ressaltou que a superação dessa crise só pode acontecer se houver criatividade e união, pois o turismo é um setor com grande influência econômica e que ajuda a empregar muita gente. Ainda segundo o gestor, conversas com os diversos agentes que compõem o trade turístico estão sendo realizadas para que, a partir do momento em que a pandemia acabar, o planejamento feito já poderá ser adotado.

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