A torcida fez a parte dela, como sempre faz: compareceu, pontualmente! Disputou e garantiu sua vaga na sala de televisão, na rua do telão, no bar do balcão, na bilheteria do caldeirão… E, mais uma vez, o time deixou “claro” para toda a nação rubro-”negra” que ele não pode sair do Brasil. Ou seja, não pode sair de casa! Afinal, a final da Taça Libertadores da América e a final do Mundial completarão 37 anos em 2018… Na virada dos números, “18”, lembra “81”, aquele… Mas o Carioca – torneio de um dos “menores” estados do país – está aí para consolar os rios de choro da maior torcida do planeta!
“Uma vez Flamengo…”
Só uma vez?! Pelo menos duas… Será que teremos que mudar o hino? O treinador? Ou o torcedor? Será que o Maracanã é o maior do mundo só para tentar compensar o tamanho da capacidade para entrar em outros campos de batalha? Ou será que ficou pequeno demais para conter tantas lágrimas e abafar tantos gritos de gol? Precisamos de um novo, urgente! Este está velho demais! Tão velho quanto quem morreu, durante esses quase 40 amargos anos, sem sentir o gosto de campeão intercontinental… As “reformas” não foram suficientes! Vamos bater mais uma laje… Porém essa laje não pode ser aquela que antecede a uma “pá de cal”. Não! Esse campo de flores brancas, vermelhas e pretas não pode dar lugar a isso, não pode lembrar um lugar de enterrar heróis do passado, os grandes atletas que derramaram suor e sangue na subida ao pódio, não pode! Queremos um outro estádio, só nosso, independente! Só para jogar nossos Reservas contra os Titulares… Nossos Solteiros contra os Casados… Os de Base contra os Aposentados… Basta isso. Independente disso ou daquilo… “Independente” de qualquer coisa, tamanho não é documento, afinal, nosso adversário tinha apenas 11 jogadores…
Texto pela derrota flamenguista na Copa Sul-Americana de 2017 para o Independiente da Argentina.
Por EDMILSON SANTANA, um brasileiro.