O presidente da Câmara de Salvador, Leo Prates (DEM), disse, ontem, que o cargo de deputado estadual, que sonha conquistar na eleição deste ano, virou uma espécie de “subfunção pública”. Segundo ele, os parlamentares estaduais precisam hoje “mendigar” recursos aos federais. “Temos em vigor a pior legislação para renovação política da história do país. Todos os partidos decidiram que o financiamento público só vai chegar aos deputados federais. Vai ter que mendigar dos federais alguma transferência de recursos. Você criou uma subfunção pública. Deputado estadual hoje virou subfunção pública em qualquer partido, porque os federais fizeram uma legislação que concentra a divisão do tempo de televisão e financiamento partidário neles. A joia da coroa para os partidos são os deputados federais”, avaliou, em entrevista à rádio Metrópole.
O democrata soteropolitano disse, ainda, que o desafio do pré-candidato ao governo da Bahia, José Ronaldo (DEM), é torna-se conhecido do eleitorado baiano. “No interior, eu sinto uma aceitação imensa ao nome de Zé Ronaldo até por ele ser do interior. Há uma identidade. Acredito que ele pode ganhar a eleição. Há uma dificuldade na capital por conta do desconhecimento em relação a Zé Ronaldo. Aqui [em Salvador], ele só vai crescer com programa de televisão, quando ACM Neto for à televisão pedir por ele. Eu acredito na vitória dele, porque a chapa hoje do governador é muito uma chapa metropolitana ou de cidades próximas. [Jaques] Wagner construiu a vida dele em Camaçari, João Leão iniciou em Lauro de Freitas, [Angelo] Coronel em Coração de Maria. Rui Costa foi vereador de Salvador”, pontuou.
O pré-candidato à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) ainda revelou a tática para tentar vencer o pleito. “Eu fui assessor do então deputado federal ACM Neto. Conheci algumas pessoas do interior e fui buscar elas. Fui saber de compromissos. Estou sentindo e a gente sente que está indo bem quando aparecem ciúmes”, afirmou. Prates declarou, também, que fará dobradinhas na campanha com deputados federais da base do governador Rui Costa (PT), entre os quais, Cacá Leão (PP) e João Carlos Bacelar (Podemos). Além deles, com João Gualberto (PSDB) e João Roma (PRB).